Conversa foi realizada com o Thiago Chambó, sobre o pagamento feito ao jogador Fernando Neto. Defesa de Bruno disse que não vai se manifestar no momento.
Em mensagens com outros acusados de manipulação de jogos no futebol brasileiro, o empresário apontado como “chefe”, Bruno Lopez, é visto comemorando o suposto esquema. A mensagem foi encontrada no celular do próprio empresário em conversa com o denunciado Thiago Chambó sobre o pagamento feito ao jogador Fernando Neto, que recebeu a promessa de R$ 500 mil para ser expulso de uma partida, com adiantamento de R$ 40 mil.
“Esse cabeludo vai me deixar rico, em nome de Jesus”, escreveu o empresário.
Em nota enviada ao g1 na quarta-feira (10), o advogado Ralph Fraga ainda afirmou que vai se posicionar sobre as acusações formal e processualmente no momento oportuno. A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Thiago Chambó até a última atualização deste texto.
Prints mostram que, ao conversar com Thiago, o empresário Bruno Lopez explica que “estaria tudo certo” para que a “operação de expulsão” de Fernando Neto durante a partida entre Sport x Operário, pela Série B de 2022. Segundo a investigação, o apostador havia combinado com o atleta o valor de R$ 500 mil para que ele recebesse o cartão vermelho, tendo o jogador recebido o valor de R$ 40 mil antes do jogo.
Na mesma época, Bruno e Thiago trocaram mensagens comemorando os lucros do esquema e a possibilidade de férias com o dinheiro recebido:
Thiago: “Os meus amarelos com os seus, os meus vermelhos com os seus e ‘nós quebra as banca’ e entra em férias. Então só os mais fechamento.”
Bruno: “Fechado.”
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Atuação em núcleos
Segundo o MP, o grupo criminoso cooptava jogadores com ofertas que variavam entre R$ 50 mil e R$ 100 mil para que cometessem lances específicos nos jogos – como um número determinado de faltas, levar cartão amarelo, garantir um número específico de escanteios para um dos lados e até atuar para a derrota do próprio time. Diante dos resultados previamente combinados, os apostadores obtinham lucros altos em diversos sites de apostas.
Confira cada jogador acusado e as penas previstas
Segundo o Ministério Público, o esquema era dividido em quatro núcleos: de apostadores, financiadores, intermediadores e administrativo. Bruno Lopez, segundo a denúncia do órgão, era o chefe do núcleo de apostadores.
Os núcleos funcionavam da seguinte forma: o “Núcleo Apostadores” era formado por responsáveis por contatar e aliciar jogadores para participação no esquema delitivo. Eles também faziam pagamentos aos jogadores e promoviam apostas nos sites esportivos.
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